segunda-feira, 4 de abril de 2011

Crónica de um título anunciado - parte III

Portugal 4 de Abril de 2011

Acabou de forma trágico-cómica a luta da nossa valorosa equipa pela reconquista do campeonato. Perdemos a luta precisamente em nossa casa, onde para variar e tal como ao longo dos últimos 20 anos, entramos mal no jogo, tivemos um árbitro que nos ajudou a ficar pior (amostragem de amarelo a Aimar aos 3 mn, numa situação de contra ataque do Benfica, por uma falta de Otamendi que não existe) e tivemos contra a natural tranquilidade de um adversário que tendo 13 pontos de avanço pôde jogar no erro do Benfica.
Para mim, isto é um “remake” de um filme muitas vezes visto, pelo que não posso apontar criticas em cima do jogador A ou B, ou até do treinador. Não foi ontem que o Benfica perdeu o título e criticar jogadores ou treinador é continuar a alimentar a lógica de apreciação que faz do FCP o provável campeão, antes de começar o campeonato.
Posto isto, temos de voltar a falar da Direcção do Benfica que é a MAIOR responsável pelo êxito do FCP. Sim, porque o FCP ganhou o título com arbitragens indecentes à luz da moral e ética urbano-desportiva, e esses sucessivos desvios à norma das boas regras só foram possíveis pelo apoio que o Sr.º Vieira deu ao sócio do FCP, Fernando Gomes e sua Comissão de Arbitragem. Foi inconcebível e fruto da enorme ignorância desportiva que caracteriza o Sr.º Vieira e sua “entourage” para o futebol (Rui Costa, Domingos Soares Oliveira, etc.).
Consta aliás nos “mentideros” do estádio da Luz, que este apoio a Fernando Gomes se deveu à extrema confiança que o Dr.º Domingos Soares Oliveira tinha nesse ex-colega de curso da Economia, tendo em conta a perspectiva de aumento de receitas da Liga. O que a ser verdade, apenas confirma que numa decisão de extraordinária implicação para o futuro desportivo do Benfica, o Sr.º Vieira não teve uma opinião de líder e deixou que um funcionário da SAD escolhesse o caminho que interessa ao Benfica. Inacreditável, mas está de acordo com o papel que eu atribuo ao Sr.º Vieira neste Benfica há 11 anos em reconstrução. Ou seja: é um tigre de papel.
A tragicomédia resulta que todo o nosso esforço, as nossas 18 vitórias consecutivas, a extraordinária capacidade de luta demonstrada, todo esse esforço cai precisamente em nossa casa. Tendo em conta a farsa que foi o campeonato, este epílogo para mim é equiparado a uma peça de teatro com final trágico. Trágico porque nem a equipa nem os milhares de adeptos que sistematicamente vão ver os jogos e apoiar a equipa, mereciam isto. E “isto” é apenas e só a repetição de outro título perdido para o FCP na Luz, na época de ... 1939/1940. O projecto deste Benfica de Vieira e muitas aldrabices sobre os seus méritos, não podia ser penalizado de forma mais cruel. Mais um recorde negativo para o Sr.º Vieira e quem apoiou esta loucura de pedir emprestado aos bancos para termos serviços e qualidade que de outra forma não podíamos ter, mas que também não precisávamos se as arbitragens fossem justas e correctas.
Numa tentativa tosca de enjeitar estas responsabilidades, ainda mandaram apagar a luz do estádio quando os adversários faziam a sua festa, ao mesmo tempo que copiavam o Barcelona que também mandou ligar a rega do campo depois de terem sido eliminados pelo Inter, da Champions. Acho de muito mau gosto este tipo de atitudes, impensáveis em dirigentes de um clube com os pergaminhos desportivos do Benfica.
Deixamos a Direcção da FCP SAD marcar o espaço mediático antes do jogo onde uma vez mais perdemos por falta de comparência, deixamos a equipa da FCP SAD entrar à vontade no relvado embora com a preciosa ajuda do invariável Duarte Gomes, voltamos a fazer pressão alta contra uma equipa que joga no erro do adversário e acabamos com a nossa Direcção a dar tiros nos pés do fair-play e da verdade desportiva por que sempre lutamos. Este é o Benfica do Sr.º Vieira. Para o ano é igual pois o poder do FCP nesta Liga é agora incomensurável. Graças ao Sr.º Vieira e ao Dr.º Domingos Soares Oliveira.

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