segunda-feira, 24 de março de 2014

Pois...



Portugal 24 de Março de 2014

Mais uma semana futebolística de sucesso, com a eliminação do Tottenham e a vitória esclarecedora sobre a Académica. O caminho para a final da Liga Europa ficou mais desimpedido, já que o Tottenham era um dos candidatos à vitória, e o caminho para a conquista do campeonato ficou mais perto do objectivo.
Isto não quer dizer que ficamos com a vida facilitada, apenas quer dizer que saltamos mais uma etapa em cada um das provas. São coisas bem distintas.
O empate frente ao Tottenham veio provar que para passar á fase seguinte, não é condição suficiente vencer fora por 3-1 (com mais ou menos dedos no ar). A gestão da equipa associada à qualidade do adversário criou-nos alguns problemas em particular após saída de Cardozo, de que resultaram 2 golos em 2 mn. Sobre a equipa, confesso que fiquei apreensivo quando vi que o triângulo do meio campo seria constituído por Djuricic, André Gomes e Ruben Amorim, porque se trata de 3 jogadores que sendo bons com bola, são pouco mais do que nulidades (Amorim nem tanto) quando têm de jogar sem bola. E os processos defensivos também se jogam sem bola, posicionando-se de forma a cortar as linhas de passe aos adversários ao mesmo tempo que ganham segundos preciosos para permitir o reagrupamento da nossa equipa.
Acontece que sofremos 2 golos após a saída de Cardozo, o que parece surrealista dado que Cardozo é avançado. Mas se considerarmos que na final da Taça de Portugal, e também quando ganhávamos 1-0, após a saída de Cardozo sofremos 2 golos (nunca esquecendo que um deles foi em claro fora de jogo – obrigado Bruno de Carvalho), se calhar temos de pensar nisto de forma diferente. Será que os processos defensivos começam com o trabalho de pivot dos avançados quando “seguram” os defesas centrais?
Mudando o chip para o campeonato, ficou mais um penalty por assinalar a favor do Benfica (Lima aos 26 mn), e mais uma vez o erro do árbitro foi relativizado pelo ex-árbitro António Rola, à semelhança do que já havia feito na jornada anterior com o “benfiquista” Mota no jogo contra o Nacional. De facto o árbitro não estava bem colocado e com isso viu prejudicada a sua visão. Mas há 8 dias o Mota não viu coisa nenhuma, assinalou mal um penalty que pôs o adversário a ganhar, e o comentário da Benfica TV foi igualmente simpático para o árbitro. Será que sempre que os árbitros erram contra o Benfica há instruções para não “bater” neles? Vamos aguardar quando (e se) algum se enganar a favor do Benfica, a ver se eles são tão simpáticos nas apreciações...
E porque como diz o povo, apanha-se mais depressa um aldrabão, upps, um mau árbitro, do que um coxo, ontem no jogo FCP – Belenenses, Carlos Xistra mostrou ao que anda e como de facto existe um manual de errar, que Vítor Pereira aceita e promove (Xistra já foi nomeado para outra meia-final da Taça, como prémio).
O Sr.º Xistra não viu uma cotovelada de Mangala aos 8 mn sobre um adversário. Mas o mesmo Xistra “viu” um murro de Javi Garcia sobre Alan no jogo em Braga onde perdemos e não obtivemos a 19ª vitória consecutiva em todas as provas (época 2010/2011). Do seu ponto de visão e do árbitro assistente, podemos dizer que nenhum viu nada, excepto os tipos do banco do Braga a levantarem-se de imediato. No que funcionou como um “sinal” para o árbitro decidir. Com esta diferença de critério, o FCP continuou com 11 em campo, com 0-0 e a jogar em casa, enquanto o Benfica jogando fora de casa ficou com 10, e do livre assinalado indevidamente (foi sim cotovelada de Alan sobre Javi Garcia) nasceu o empate. A derrota consumou-se depois com novo erro do árbitro que deu lançamento de linha lateral ao Braga de onde saiu um dos melhores golos do campeonato, em vez de ter dado falta ao Benfica por “atropelamento” de Airton.
Mas Xistra não se ficou por aqui. Perto do intervalo expulsou (bem) um defesa do Belém que carregou Jackson quando estava em situação frontal à baliza, fora da área, e só com o guarda-redes pela frente. Ora o mesmo Xistra na fatídica 2ª mão da meia-final da Taça de Portugal onde fomos escandalosamente espoliados da presença na final, também com 0-0 não viu Sapunaru agarrar Saviola pelo ombro, quando este estava em posição frontal, fora da área e só com o guarda redes pela frente. Uma expulsão com 0-0, significaria com toda a certeza a eliminação do FCP, que tinha perdido o 1º jogo por 2-0. Depois foi o que se sabe, com a expulsão perdoada ao Cebola por tackle violenta sobre Maxi (já com 0-1) e o 2º golo em claro fora de jogo (obrigado Bruno de Carvalho) que igualou a eliminatória e deu a confiança extra que os jogadores do FCP precisavam.
Basta estar minimamente atento para perceber que os árbitros não arbitram da mesma maneira o Benfica e o FCP, embora o SCP ache que sim. E que este Xistra tem sempre jogos para arbitrar, sendo o que na época passada recebeu mais dinheiro dos prémios (1100 euros por jogo). Neste ranquing não entra o dinheiro dos árbitros internacionais porque o que ganham lá fora não é contabilizado. Tudo somado, os internacionais ganham mais e logo a seguir vem o Xistra. Porque é que Xistra ainda não é internacional? Porque há outros mais antigos e também dedicados à “causa”, à sua frente. E porque é preciso estimular os que não sendo internacionais, têm sempre jogo (e prémio) desde que arbitrem como o “sistema” quer.
É esta a competição viciada que temos, onde o Sr.º Vieira quer que estejamos, sempre de “bico” calado. Não ganhando, há sempre margem para contratar “reforços” e pagar chorudas comissões. Algumas a empresas de off-shore, que se sabe bem de quem são (era o que diziam nos julgamentos de Vale e Azevedo).

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